Inquérito aponta crime militar em morte de aluno após aula prática

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Segunda, 20 Fevereiro 2017 | G1/MT

A Corregedoria-Geral do Corpo de Bombeiros concluiu o inquérito policial militar que apura a morte do aluno Rodrigo Claro, de 21 anos, depois de ele ter participado de uma aula prática do curso de formação da corporação em uma lagoa. O documento apontou a existência de crimes militares por parte da tenente Isadora Ledur e do comandante do 1º Batalhão, Marcelo Reveles. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da instituição.

O inquérito foi homologado na tarde de sexta-feira (17). A Polícia Civil também investiga o caso. Por telefone, o tenente-coronel Marcelo Reveles preferiu não falar sobre o assunto. Já a tenente não foi localizada.
A assessoria do Corpo de Bombeiros informou que o comandante-geral da corporação deve falar sobre o assunto na segunda-feira (20).
 
Durante a semana, Isadora Ledur prestou depoimento sobre a morte do aluno nesta semana na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, que apura o caso. Tanto a tenente quanto outras 11 pessoas responsáveis pelo curso estão afastadas das funções.
 
De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, além da tenente, outras 11 pessoas responsáveis pelo curso continuam afastadas do cargo e devem cumprir funções administrativas até a conclusão do inquérito. A previsão é que o inquérito policial militar seja concluído em breve.
 
Entenda o caso
Rodrigo Lima Claro morreu no dia 15 de novembro de 2016, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conforme laudo do Instituto Médico Legal. Ele participava de um grupo de aproximadamente 30 pessoas que fazia um curso de formação do Corpo de Bombeiros. Os alunos eram supervisionados por cinco coordenadores, entre eles a tenente Isadora Ledur e um coronel.
 
A vítima passou mal depois de uma atividade numa lagoa e reclamou de dores de cabeça ainda durante as aulas. Ele fazia a travessia a nado na lagoa e, quando chegou à margem, informou o instrutor que não conseguiria terminar a aula.
 
Colegas de curso disseram em depoimento que Rodrigo foi submetido a várias sessões de afogamento, passou mal e horas depois foi pro hospital com quadro de hemorragia cerebral. O jovem havia dito à família que tinha medo de participar das atividades porque se sentir perseguido pela tenente que atuava como instrutora de salvamento aquático no curso.
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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