Júlio diz que decisão de juíza é “precipitada" e "radical” ao suspender aposentadorias

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Quinta, 20 Novembro 2014 | MIDIA NEWS

Júlio Campos afirma que Judiciário agiu com radicalismo em decisão das aposentadoriasJúlio Campos afirma que Judiciário agiu com radicalismo em decisão das aposentadoriasO deputado federal Júlio Campos (DEM) afirmou que a decisão da Justiça de suspender as pensões vitalícias de ex-governadores de Mato Grosso foi “radical”. 

Proferida pela juíza auxiliar da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular, Célia Regina Vidotti, na semana passada, a decisão atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual (MPE). 

Para Campos, que foi governador de 1983 a 1986, o Tribunal de Justiça foi “unilateral” ao definir que os 18 ex-governadores listados na sentença não precisam ou não dependem das pensões. 

“Nós temos hoje dois ex-governadores com 87 anos e que dependem dessa pensão para sobreviver, estão doentes. Um é Pedro Pedrossian, grande governador, estadista, homem probo, pobre, um dos maiores governadores desse Estado. Hoje, ele está com câncer de próstata, cego pelo diabetes, em uma cadeira de rodas, em Campo Grande, dependendo desses R$ 15 mil para contratar enfermeiros”, disse. 

“E outro é o doutor Frederico Campos, governador honestíssimo, nunca abusou do poder, também com 87 anos, doente, necessitando dessa pensão vitalícia para sobreviver. Quem vai ajudar um homem desta idade, praticamente sem andar, que nunca roubou, nunca fez um governo desonesto, nunca teve aposentadoria e depende disso?”, questionou. 

Campos também admitiu que irá recorrer da decisão, mais por um ato de apoio do que necessidade. 

“Eu acho que tem que haver uma saída. No meu caso, pessoalmente, não me atinge porque nunca recebi nada. Eu sempre doei para a Fundação Júlio Campos, que, desde 1986, é uma entidade atuante, com diversos cursos oferecidos à sociedade. O valor não sustenta a fundação, mas complementa os custos”, disse. 

“Agora, a decisão vai precisar ser revista. Jaime Campos não precisa, eu não preciso, Carlos Bezerra e Blairo Maggi não precisam, talvez a viúva do Dante de Oliveira, ex-deputada Thelma de Oliveira, não precise, mas têm outros que precisam. Então, tem que haver uma saída, não pode ser assim, radical”, completou. 

O deputado disse acreditar em uma reavaliação por parte do Judiciário, poder que, segundo ele, também usufrui de benefícios semelhantes ao dos ex-governadores. 

“O Judiciário gosta de receber as benesses da aposentadoria e esquece do outro lado. Mas eu acredito que a Justiça vai decidir os recursos dos governadores. Ainda há homens e mulheres valorosos que irão julgar sem radicalismos e sem querer demonstrar apenas satisfação para a torcida organizada”, disse.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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