Grupo de Taques se "articula" para concorrer à AMM; Riva faz reuniões

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Segunda, 20 Outubro 2014 | RD NEWS

Os prefeitos que apóiam o governador eleito Pedro Taques (PDT) já se articulam para concorrer à presidência da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) nas eleições que devem acontecer no início de 2015. O grupo pretende derrotar o PSD do deputado estadual José Riva que comanda a entidade há duas gestões. O prefeito de Sorriso Dilceu Rossato, que contrariou a orientação do PR e apoiou o pedetista no processo eleitoral, deve ser o escolhido para encarar a disputa.
Rossato disse que ainda não recebeu convite oficial para disputar o comando da AMM. Entretanto, afirma que não concorda com a condução da entidade pelo atual presidente Chiquinho do Posto (PSD).
Segundo Rossato, a AMM é sustentada com recursos repassados pelos municípios, mas não cumpre com o papel de representá-los institucionalmente porque só faz política em favor do grupo que está na direção. “Defendo a mudança e fico grato por ter sido lembrado pelos prefeitos que apóiam Pedro Taques”, disse em entrevista ao Rdnews
Riva, que foi o principal articulador da candidatura de Chiquinho do Posto à presidência da AMM, considera natural a articulação dos prefeitos pró-Taques. O deputado também afirma que gestores do PSD, PMDB, DEM, PT e do próprio PR também se articulam para permanecer no comando da entidade. “O PSD tem 39 prefeitos, mas isso não significa que o partido vai indicar o presidente. Estamos dispostos a abrir espaço para os aliados. Na próxima semana, vamos reunir para começar as discussões”, explica. 
Além disso, Riva anunciou que Chiquinho do Posto não vai disputar à reeleição para abrir espaço para outro gestor dirigir a AMM.  “Ele é prefeito de Juscimenta e decidiu priorizar o município nos últimos anos do mandato. A decisão está correta porque não temos apego por cargos”, completa o deputado.
Apesar de Riva fazer o discurso da alternância na presidência da AMM, a verdade é que Chiquinho do Posto enfrenta forte desgaste em Juscimeira. O prefeito chegou a ser afastado pela Justiça por problemas no setor da saúde e só conseguiu retornar ao cargo recentemente. A partir de 2015, vai tentar reverter à situação para garantir a possibilidade de eleger sucessor no Executivo municipal em 2016.  
Outro nome que surge como alternativa para disputa é o prefeito de Alto Paraguai Adair Alves (PMDB). O peemedebista, que apoiou Lúdio Cabral (PT) para governador, concorreu à presidência da AMM em 2012. Naquelas eleições, foi derrotado por Chiquinho do Posto por 91 votos a 44. O prefeito licenciado de Lucas do Rio Verde Otaviano Pivetta (PDT) foi candidato à vice na chapa derrotada.
O debate sobre as eleições da AMM foi deflagrado pelo próprio Pivetta. O coordenador da equipe de transição de Taques disse que a entidade gasta mal os recursos que arrecada sem apresentar resultados e desafiou os prefeitos aliados a disputarem a presidência. “A AMM poderia trabalhar com 10% do que é gasto, tem muito custo e não tem resultados. É mais um órgão que rasga o dinheiro do município e não apresenta nada”, critica. 
Pivetta também descartou entrar na disputa pelo comando da AMM novamente. Conforme o pedetista, as responsabilidades com a transição não permitem almejar o cargo. Antes de Chiquinho do Posto, a AMM foi presidida pelo ex-prefeito de Acorizal Meraldo Sá, também do PSD. O social-democrata foi nomeado secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar após deixar o cargo e concorreu a deputado estadual sem êxito. Até agora, a entidade já teve 14 presidentes (ver quadro).
De acordo com a assessoria de comunicação da AMM, o mandato de Chiquinho do Posto encerra somente em fevereiro de 2015. A data das eleições, no entanto, ainda não foi definida.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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