Taques e Lúdio "duelam" durante debate na TV Record

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Sábado, 27 Setembro 2014 | MIDIA NEWS

À frente nas pesquisas, Taques e Lúdio polarizaram debate na TV RecordÀ frente nas pesquisas, Taques e Lúdio polarizaram debate na TV Record

Os candidatos a governador Lúdio Cabral (PT) e Pedro Taques (PDT) polarizaram, mais uma vez, as discussões durante o segundo debate realizado pela TV Record,  na noite desta sexta-feira (26). 

O encontro contou ainda com o candidato do PSOL, José Roberto, e Janete Riva (PSD). 

Com o registro de candidatura cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TE) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Marcondes Muvuca (PHS) não participou. 

A partir do segundo bloco, os candidatos começaram a fazer perguntas entre si. Taques começou questionando Lúdio das obras focadas para a Copa do Mundo, dentre elas, o “famoso” VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e as irregularidades estruturais encontradas naquelas que foram entregues, como o Viaduto da Sefaz. 

“Qual sua proposta para melhorar o transporte público e a mobilidade urbana?”, questionou Taques. 

“Ainda no período de transição produziremos levantamento sobre andamento e estágio das obras, inclusive, para identificar erros. Teremos relação de diálogo permanente. A principal obras para Cuiabá e Várzea Grande é o VLT e asseguraremos que ela seja concluída”, disse Lúdio. 

Na réplica, Taques criticou. “O candidato do PT, que é do atual governo, em nenhum momento se manifestou sobre essas obras. Já pagaram R$ 1 bilhão no VLT e os vagões estão parados, defasados tecnologicamente segundo o Tribunal de Contas”. 

Na tréplica, Lúdio acusou Taques de ser o “candidato dos bilionários e de Pedro Henry”. “Ele quer deixar o mandato pelo meio e não sabe nem quem é seu suplente. Teve todo o tempo como senador para fiscalizar e o que fez foi torcer contra”. 

Saúde

Ainda no segundo bloco, Lúdio questionou Taques sobre a saúde da Capital na gestão do atual prefeito Mauro Mende (PSB), aliado do senador. Conforme o ex-vereador, a situação do setor está “ainda pior”. Lúdio também lembrou da promessa de Mendes sobre o novo pronto-socorro. 

“O candidato do governo, que esta há mais de 10 anos no poder, que aliás é o quarto pior do Brasil e que, inclusive, entrou na justiça para que eu não disse que é apoiado por Silval. Ou ele tem medo ou quer esconder apoios. Saúde não é só hospital, não é ausência de doenças. Sem roubar é possível, sem superfaturar é possível melhorar. O Mauro Mendes não vai resolver o problema da saúde sozinho. O Estado não fez repasses para o município...”, disse Taques. 

“O candidato não respondeu minha pergunta. O prefeito deixou a saúde pior que estava. Ele recebeu recursos do Ministério da Saúde no mês de maio para aquisição de equipamentos do Pronto Socorro e mais R$ 10 milhões para o Hospital São Benedito. Não me confunda com sua turma. De saúde eu entendo”, disse Lúdio, que é médico. 

“Entende, mas fala e não faz. De conversa mole estamos cheios, impacientes. Nós investiremos na saúde”, rebateu o senador. 

Apoiadores

No terceiro bloco, Lúdio e Taques voltaram a trocar acusações. 

Questionando ao senador, o ex-vereador citou reportagem do grupo A Gazeta em que o produtor rural Eraí Maggi (PP) teria dito, em um áudio, que Taques estaria “dominado”. 

“Para o candidato dos bilionários: o que esse áudio quer dizer?”

“Não sei do que o senhor está falando, mas sei, e aliás com uma gravação, que o Sílvio (chefe de gabinete de Silval Barbosa, que o senhor conhece, teria dito que o senhor recebeu R$ 7,5 milhões por fora [na campanha de 2012 para prefeito]. Suas contas foram reprovadas”. 

“O Eraí, aliás, doou para Dilma Rousseff R$ 500 mil. Os bilionários de lá são diferentes daqui? O senhor tem que explicar porque entrou na justiça contra meu programa eleitoral em que Silval é citado como aliado. Onde o senhor coloca seus apoios? Debaixo do tapete, debaixo do trilho? O senhor ataca as mulheres, a família, ao atacar a minha esposa...”, respondeu Taques. 

Lúdio retrucou: “quem esconde apoio é o senhor. Fernando Mendonça, um dos maiores doadores de sua campanha em 2010, seu amigo há 10 anos, investigado na Operação Ararath, da Polícai Federal. A filha do Fernando Mendonça trabalhava no seu gabinete e pediu demissão porque nem coragem de demiti-la o senhor teve. O apoio de Silval é público”.

Na tréplica, Taques voltou a usar os mesmos argumentos. 

"As contas do candidato do PT e do Silval foram rejeitadas pela Justiça Eleitoral. Aliás, ele recebeu doações de pessoas suspeitas. Teria recebido R$ 7,5 milhões via Eder Moraes e do Silvio. Onde Silvio está? Onde está o governador? Onde está secretários como Alan Zanata (Indústria) e Carlos Rayel (ex-secretário de Comunicação e  marqueteiro de Lúdio) na sua campanha? O senhor é candidato do governo e teve prestação de contas reprovadas. Os bilionários da Dilma são diferentes daqui? O dinheiro de lá veio para o senhor, via comitê”.

No último bloco, os apoiadores de Taques e Lúdio deram novamente o tom da discussão. 

Segundo o senador, a prestação de contas de Lúdio de 2012 continha “erros insanáveis, ilicitudes insanáveis”. “Quantos secretários de Silval estão licenciados para sua campanha? Quanto o senhor pagou para produtora e marqueteiro? Recebeu dinheiro da Dilma? O senhor é novidade?”. 

“Candidato, o senhor precisa parar de discurso. Estive ao cartório para entregar meus dados fiscais e o senhor não foi. O senhor não tem coragem para abrir seu sigilo. Há suspeita de investigação na Ararath e a abertura de sigilo fiscal seria fundamental para isso”, disse Lúdio. 

“Eu tenho apoios, mas tenho compromisso com governo novo. Fui escolhido candidato por essa razão. Não sou de família tradicional. O que eu construí foi convivência com população mais simples. Sou ficha limpa, nunca fui investigado. Não há qualquer processo contra mim em qualquer instância. Meu governo será novo”, completou. 
Taques, por sua vez, rebateu. “É governo novo, mas apoiado por Carlos Bezerra. Sua vice é Teté Bezerra, esposa de Bezerra, que vai dominar o governo se o senhor for eleito. O senhor não respondeu quantos secretários estão com o senhor. Quero dizer que o Paulo Maluf [ex-governador de São Paulo, acusado por desvios de recursos públicos] falava igualzinho o senhor. O senhor faz um circo”. 

Na tréplica, Lúdio rebateu as acusações do adversário. “O senhor é apoiado pelo Júlio Campos, amigo, inclusive, de Paulo Maluf. O senhor esconde Chico Galindo, responsável pela privatização da água em Cuiabá, é apoiado por Wilson Santos, Mauro Mendes, que conseguiu piorar a saúde e teve conversa fiada de novo pronto-socorro. O senhor tem a família Campos, tem Antero Paes de Barros. O senhor tem vínculos com o passado, com personagens ligados a escândalos de corrupção”. 

Taques não teve direito de responder a Lúdio Cabral.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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