Presidente da Câmara de Nobres é cassado por improbidade administrativa; ele é acusado de desviar R$ 150 mil para fazer compras

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Sábado, 02 Agosto 2014 | RD NEWS
Vereador Rállide Andrade, cassado por desviar R$ 150 mil em benefício próprioVereador Rállide Andrade, cassado por desviar R$ 150 mil em benefício próprio
O presidente da Câmara de Nobres, Rállide Andrade (PDT), foi cassado em sessão realizada, nesta quinta (31), por improbidade administrativa, com 9 votos dos 11 vereadores, sendo duas ausências, entre elas a do acusado. O Legislativo instaurou uma CPI para investigar o parlamentar devido ao mau comportamento, como discussões com servidores, brigas com vereadores e quebra do Regimento Interno.
Com as averiguações, a Comissão, que era presidida por Adelian Messias (PP) e tinha como relator Acendino Mendes de Souza (PSD), constatou desvio de recursos no montante de R$ 150 mil dos cofres públicos. A verba foi usada para benefício pessoal do pedetista. Rállide já havia sido destituído da presidência, na semana passada. “Esta é a primeira cassação de um vereador da Câmara de Nobres. A cidade nunca passou por uma situação desta proporção”, diz o progressista.
Conforme Adelian, Rállide comprou uma Hilux 2011 para si com dinheiro da Câmara, além de fazer compra no supermercado para abastecer a própria casa. Os proprietários dos dois comércios foram convocados para oitiva. A nota do carro dizia que era aluguel, mas o dono disse que nunca locou veículo, somente vendeu. Já a proprietária do mercado disse que as compras feitas pela esposa do parlamentar não eram material de limpeza como diziam as notas, mas sim comida.
Tudo o que o pedetista contratava era sem processo licitatório, mesmo nos casos em que era obrigado, quando os valores eram superiores a R$ 8 mil. Outra irregularidade levantada foi a ausência de pagamento da previdência tanto dos servidores quanto dos vereadores no valor de R$ 9 mil. Além disso, segundo Adelian, o agora ex-parlamentar destratava os outros colegas nas redes sociais chamando de traficante e alcoólatra. “Rállide era um cara novo, arquiteto e empresário, mas por corrupção, desvio, infelizmente pecou ao brincar com o dinheiro público”, avalia o presidente da CPI.
Pós-cassação
Depois que Rállide foi destituído da presidência, a Câmara fez nova eleição que escolheu Joison da Costa (PP) como substituto. Ele fica no posto até 31 de dezembro, quando ocorre a eleição da próxima Mesa Diretora. De acordo com Adelian, o relatório da CPI, agora, será enviado para o Ministério Público e para a Justiça Eleitoral, que vai dizer quem é o suplente do vereador cassado para assumir o posto. 
Outra situação que será enviada ao MP é a ausência da vereadora Zilmai Ferreira de Jesus na sessão. Isso porque ela protocolou atestado médico para justificar a falta, mas a data do documento estaria para 4 de agosto, que era a primeira data marcada para apreciar o relatório do pedido de cassação. O Rdnews tentou entrar em contato com Rállide, mas o telefone estava impossibilitado de receber chamadas.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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