PP sonha com vice de Taques, mas negocia com situação
Na avaliação do parlamentar, as propostas feitas pela aliança do senador contemplam as necessidades do PP nas eleições deste ano e ainda representam "uma renovação na política estadual".
Atualmente, a bancada do PP atua de forma independente na Assembleia Legislativa, após o rompimento com o Governo em 2013, ocorrido em função da disputa pela Secretaria de Saúde.
Porém, o partido vem participando das reuniões governistas visando às eleições deste ano, e segue negociando com situação e oposição.
O secretário-geral do PP, deputado estadual Antônio Azambuja (PP), defende que o partido se alie ao grupo liderado pelo senador Pedro Taques (PDT), nas eleições deste ano.
“Estamos conversando com todos os partidos e não temos vínculo ou obrigatoriedade de apoiar ninguém. Vamos apoiar quem tiver o melhor projeto para Mato Grosso e contemplar para nosso partido. Estamos brigando por uma vaga na majoritária. As propostas do senador Pedro Taques contemplam o PP. E ainda não tivemos propostas claras por parte do grupo do governo”, disse Azambuja.
“Eu acho que o PP deveria apoiar a candidatura do Pedro Taques. Mesmo se, numa hipótese, Blairo Maggi vier a ser a ser candidato, eu acho que temos que compor com Taques. São 12 anos de um grupo político no poder, e tem que haver uma renovação, não só no Estado mas no Brasil inteiro”, disse.
Vaga de vice
O convite informal feito por Taques ao produtor rural Eraí Maggi (PP), para que seja o candidato a vice-governador na sua chapa, é o principal motivo alegado por Azambuja.
Outra questão é a formação das chapas proporcionais, para a disputa de deputado estadual e federal.
“Pedro Taques fez um convite para Eraí Maggi para ele ser o vice, mas esse convite não foi oficializado ao partido. Hoje, a tendência é de que o Eraí componha a chapa majoritária, porque houve esse convite a ele. Mas, Carlos Fávaro [presidente da Aprosoja] também é uma opção. Os dois têm expressão muito boa no agronegócio e têm livre trânsito em qualquer área do setor produtivo”, afirmou Antonio Azambuja.
“Também não vamos entrar numa aliança que vai eliminar nossas chances de eleger deputados. O grupo do senador Pedro Taques está colocando para nós quem são os candidatos. Temos possibilidade de eleger um federal e dois estaduais. Do lado do Governo, temos que esperar o grupo fechar para saber de que forma o PP vai entrar”, observou.