'Já começou errado', diz Júlio sobre possível federação entre União e PP
O deputado estadual, Júlio Campos, rechaçou as tratativas para uma possível fusão entre o União Brasil e o Partido Progressita (PP), que vem sendo articuladas pela direção nacional dos das legendas, em Brasília.
Em entrevista ao , o parlamentar afirmou que os acordos já iniciaram de forma errada e, que nem mesmo o irmão, o senador Jayme Campos, foi ouvido sobre os acordos.
“Nem o senador Jayme Campos que está toda semana em Brasília foi convidado para participar das conversas ou ouvido pela direção nacional do União Brasil. É mais um erro seríssimo que está se cometendo por não ouvir as bases partidárias. Vamos aguardar, mas vejo que isso já está começando errado, mais uma vez”, disse.
A federação PP e União está em avançado processo de tratativas. Se vingar, a nova formação gerará a maior bancada na Câmara, com 115 deputados, e será composta por políticos de todos os espectros, como o governista Davi Alcolumbre e o oposicionista Ciro Nogueira, ex-ministro de Bolsonaro.
O ex-senador afirma que, em Mato Grosso, a federação não traria nenhum desconforto, já que o partido faz parte da base do governo Mauro Mendes (União)na Assembleia Legislativa. Por outro lado, o parlamentar afirma que o cenário não é o mesmo em outros Estados e lamenta que as negociações estejam sendo feitas sem o consenso das bases partidárias.
“O PP é pequeno aqui e tem um bom relacionamento conosco, tanto é que o único deputado estadual do partido Paulo Araújo, faz parte do bloco governista. Mas em outros Estados tem problemas. Tudo que é feito da cúpula sem ouvira s bases, termina não dando certo”, continuou.
Novela se repete
Para Júlio a nova se repete com a falta de diálogo, assim como ocorreu com a fusão do antigo Democratas e o Partido Social Liberal (PSL), em setembro de 2021. A legenda nasceu com uma das maiores bancadas do Congresso Nacional.
No entanto, pouco tempo depois, os filiados deixaram a sigla para seguir o presidente Jair Bolsonaro no Partido Liberal (PL).
“A fusão do Democratas com o PSL não deu muito certo porque mesmo aqui em Mato Grosso, com exceção do Aécio, veio para o Democratas. Tudo foi para o PL de Bolsonaro, porque era um partido Bolsonarista”, finalizou.
