‘Precarizar combate a crimes ambientais é matar nossa galinha dos ovos de ouro’, diz Fávaro ao receber cargo

Novo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro recebeu o cargo em uma cerimônia na tarde desta segunda-feira (2) em Brasília, defendendo o combate a crimes ambientais para preservar a produção agrícola do país. O novo ministro lembrou que, sem um clima favorável a força do agro do Brasil não seria possível.

A solenidade, realizada na sede da Embrapa, contou com a presença de diversas autoridades de Mato Grosso como os senadores Jayme Campos e Wellington Fagundes, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, do deputado federal Neri Geller, do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) Eduardo Botelho, do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, entre outros.

Representando o ministro anterior, Marcos Montes, do governo Bolsonaro, estava o ex-secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Marcio Eli Almeida. Em seu discurso ele reforçou que é momento de olhar para o futuro e somar esforços.

“Não cabe aqui falar dos desafios da gestão que se interrompe, cabe aqui falar que é tempo de todos somarmos esforços pelos propósitos do ministro Carlos Fávaro, pelo sucesso da sua gestão, que é o sucesso da agropecuária brasileira”.

Já Fávaro falou de como a agricultura e a produção de alimentos tem um papel fundamental em cumprir o desafio do presidente Lula, de erradicar a fome no Brasil.

“O ditado popular diz que quando a gente deseja uma boa tarde é só depois que almoçamos, quero chamar a vocês uma reflexão, imaginem quantos brasileiros então, por esta lógica, não estão tendo uma boa tarde, quantos brasileiros não puderam almoçar hoje, e esse é o grande desafio que temos que enfrentar neste novo governo”.

O ministro também enalteceu a Embrapa, responsável pela expansão agrícola no Brasil, e também falou sobre os possíveis conflitos com outros ministérios, como do Meio Ambiente por exemplo.

“Todos se surpreenderão porque estamos todos do mesmo lado, queremos e vamos ter a produção agrícola mais sustentável do mundo”.

Por fim Carlos Fávaro reforçou como a preservação ambiental e combate aos crimes ambientais também são necessários para o agronegócio, já que o Brasil se tornou símbolo de desrespeito ao meio ambiente nos últimos anos, o que prejudica o país no mercado internacional, e também como as mudança climáticas podem afetar o setor.

“O Brasil se tornou paria mundial do desrespeito ao meio ambiente, da condição de produzir com responsabilidade, este é o grande desafio reconstruir pontes com a comunidade internacional [...] nada disso seria possível sem nosso clima, sem chuvas, ao precarizar o combate os crimes ambientais estamos matando nossa galinha dos ovos de ouro”.