Manifestantes fazem ato contra Temer e perda de direitos trabalhistas em MT

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Sexta, 23 Setembro 2016 | G1 MT
Manifestantes realizaram, no final da tarde desta quinta-feira (22), em Cuiabá, um ato contra o presidente Michel Temer (PMDB). Convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), os manifestantes se reuniram na Praça Ipiranga, no Centro da capital, para protestar contra a reforma previdenciária e o que chamam de perda dos direitos trabalhistas. Segundo os organizadores, o protesto reuniu três mil pessoas. Já a Polícia Militar estima que mil pessoas participaram do ato.
A manifestação integra o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização das Categorias, convocado pela CUT em todo o país. Na capital, o ato teve início às 16h [horário de Mato Grosso], com a concentração dos trabalhadores, e contou com a participação do Fórum Sindical, que representa 32 associações e sindicatos estaduais, além de sindicatos federais e de entidades diversas, como Correios e bancários. Estudantes de instituições estaduais e federais também participaram do protesto.
Os manifestantes saíram da concentração às 17h, em passeata pelas avenidas Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Getúlio Vargas, passando pela Rua Barão de Melgaço e retornando à Praça Ipiranga pela Avenida Isaac Póvoas, onde o protesto foi encerrado. Durante todo o trajeto, os trabalhadores e estudantes gritavam palavras de ordem pedindo a saída do presidente Michel Temer e convocando a população para ir às ruas em defesa dos direitos trabalhistas.
“Só vamos barrar essas reformas que visam precarizar as relações trabalhistas e diminuir os direitos dos trabalhadores se sairmos para as ruas. No passado, conquistamos a redução da jornada de trabalho e benefícios como licenças, férias e 13º indo para as ruas. Agora, precisamos voltar para as ruas para defendermos os nossos direitos. Ou as pessoas pensam que as reformas virão para ampliar os direitos trabalhistas?”, criticou Henrique Lopes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).
Na avaliação dos sindicalistas, a reforma trabalhista tem como principal característica flexibilizar as relações entre funcionários e patrões, colocando acordos acima do que está previsto na legislação. Já a reforma previdenciária poderia resultar em aumento da idade necessária para entrar com o pedido de aposentadoria no país, bem como a redução do valor mínimo da aposentadoria.
Segundo o presidente da CUT-MT, João Dourado, o ato de hoje em Cuiabá serve como um “esquenta” para uma greve geral, prevista pelos sindicalistas para ser deflagrada em novembro. “A população precisa entender que não se trata, apenas, dos direitos dos servidores públicos, mas de todos os trabalhadores. Querem sobrepor o negociado sobre o legislado e isso não pode ser admitido pelos trabalhadores”, afirmou.
Para a estudante Mariana Santana, de 19 anos, a população precisa exigir dos governantes a manutenção dos seus direitos, sob risco de perder direitos conquistados. “Seja empregado ou estudante que ainda não ingressou no mercado de trabalho, todos devem ir para as ruas. Ainda não trabalho, mas não quero ver cair por terra toda a luta que os brasileiros tiveram, indo às ruas anos atrás, para garantir os direitos que temos hoje. Por isso participo do movimento”, disse.
Em greve há 17 dias no estado, os bancários também participaram do ato na capital. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT), Clodoaldo Barbosa, a aprovação dos projetos que estariam tramitando na Câmara e no Senado Federal seria um retrocesso para o país.
“Isso afeta o trabalhador em geral. Esses 55 projetos em trâmite em Brasília são ataques aos direitos trabalhistas e precisam ser barrados”, disse.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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