“Organização criminosa se instalou nos poderes de MT”, desabafa Zaque

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Quinta, 23 Outubro 2014 | RAFAEL COSTA/FOLHA MAX

Promotor vê esquema planejado de desvio de dinheiro públicoPromotor vê esquema planejado de desvio de dinheiro público

Ao analisar episódios recentes de corrupção em Mato Grosso, o promotor de Justiça Mauro Zaque, que compõe o núcleo de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público Estadual (MPE), avalia que uma organização criminosa se infiltrou no poder misturando interesses públicos e privados. “Quando o nível de corrupção aumenta gera sérios problemas. Tem obras que não se concretizam e outras com qualidade duvidosa e o Estado é direcionado para um caminho muito difícil", analisa o candidato ao cargo de procurador geral do Ministério Pùblico, que acontece em dezembro deste ano.

Para ele, o esquema descoberto durante a Operação Ararath e detalhado pelo delator premiado Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o "Júnior Mendonça",  é de estrutura empresarial jamais vista em Mato Grosso com as funções de cada integrante definidas e com metas a serem cumpridas. "O dinheiro sai do Estado, é remetido às empresas privadas e retorna a título de propina e vantagens para enriquecimento ilícito de entes públicos”, cita. 

O empresário Júnior Mendonça é proprietário da rede de combustíveis, Amazônia Petróleo, que está no epicentro das investigações da Polícia Federal referente à esquema de lavagem de dinheiro e outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.cOs depoimentos de Mendonça ao aceitar delação premiada resultaram na Operação Ararath que desvendou um amplo esquema de lavagem de dinheiro na gestão estadual levando preventivamente para a cadeia o ex-secretário de Estado, Eder Moraes. “As delações premiadas estão revelando esquemas organizados de estruturas empresariais para desvio de dinheiro público”, reforça.

Em meio a tanto esquema de corrupção vindo à tona, Zaque ressalta que o Ministério Público Estadual (MPE) tem mantido sua linha de investigação para defender a sociedade e preservar o patrimônio público. “Nós temos vários procedimentos apurando condutas condenáveis que atingem os cofres públicos e conseguimos importantes resultados a sociedade. Ficou comprovado que o ex-secretário de Estado, Vilceu Marchetti (já falecido), enriqueceu ilicitamente no cargo e o patrimônio foi bloqueado na Justiça a nosso pedido para ressarcimento aos cofres públicos”, lembrou. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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