Pilotos da família Riva são liberados por sequestradores em RO

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+ Cotidiano
Quinta, 30 Outubro 2014 | MIDIA NEWS

O piloto Evandro Rodrigues de Abreu e o copiloto Rodrigo Frais Agnelli, que estavam desaparecidos há 40 dias, foram liberados por sequestradores na madrugada desta quinta-feira (30), em Guajará-Mirim (RO), cidade brasileira que faz divisa com a Bolívia.

Após a liberação, que ocorreu espontaneamente por parte dos sequestradores, os pilotos procuraram a polícia local e, em seguida, entraram em contato com a família e com o deputado estadual José Riva (PSD).

“O Evandro ligou do seu próprio celular, quando estava dentro da viatura da Polícia Militar. Disse que está bem, tranquilo e também me pareceu sereno. Contou que não foram judiados e que só colocaram arma na cabeça deles apenas na hora da abordagem. Assim que recebi a notícia, já pedi para um avião ir buscá-los em Guajará-Mirim”, explicou o deputado estadual.

Eles pilotavam um avião, de propriedade do deputado, que desapareceu no dia 20 de setembro, em Pontes e Lacerda (440 km a Oeste de Cuiabá), quando participavam de evento de campanha eleitoral da então candidata ao Governo do Estado, Janete Riva (PSD). 

Segundo o deputado Riva, que os pilotos foram liberados após um desentendimento entre os próprios sequestradores sobre a venda do avião, modelo King Air, modelo C90GTI, de 2006, prefixo ATY.

“O Evandro contou que eles pilotaram o avião apenas por três horas e meia e que pousaram em uma pista clandestina no primeiro dia. O local é desconhecido, mas é na Bolívia. Como houve o desentendimento entre os sequestradores, eles os soltaram na divisa de Rondônia e foram embora”, disse.

Buscas

Por mais de 30 dias, uma equipe da Polícia Civil de Pontes e Lacerda esteve na região da Bolívia, fazendo buscas por Evandro e Rodrigo. 

Cidades como San Ignácio, San Mathias, Santa Cruz e San Vicente foram vasculhadas, mas sem sucesso.

No único contato feito com os pilotos, Riva não detalhou em qual cidade eles ficaram, porém a polícias Federal e Civil não descartam que o cativeiro tenha sido em alguma fazenda, com pista clandestina de pouso, na região de fronteira.

Até a manhã desta quinta-feira, os agentes de Pontes e Lacerda ainda não tinham pistas de quem seria o autor do roubo.

O delegado Gilson Silveira, responsável pelas investigações, preferiu não comentar sobre o assunto.

Ligações

O deputado José Riva foi avisado sobre o paradeiro de Evandro e Rodrigo por volta da meia-noite de quarta-feira (29).

No primeiro contato, os pilotos já passaram detalhes sobre seus 40 dias como reféns.

“Eles contaram por telefone que só voaram menos de quatro horas, durante os 40 dias. Quando foram raptados em Pontes e Lacerda, partiram em zigue-zague até uma fazenda na fronteira, onde pernoitaram. Na saída, desligaram o rastreador e o transponder. De lá, voaram mais duas horas e pousaram em outra fazenda do tráfico. No terceiro dia, voaram meia hora e ficaram, até hoje, sem tocar no avião e sem abastecê-lo”, afirmou o deputado.

Segundo as informações, a aeronave foi vendida e, no meio tempo entre a negociação e descaracterização, houve uma discussão.

Para garantir a vida de Evandro e Rodrigo, Riva contou que os sequestrados os deixaram sair.

“Libertaram eles porque quem comprou o avião estava chegando e poderia haver troca de tiro. Para os pilotos não sofrerem nenhum dano, eles foram libertados em uma região de mata. A aeronave não foi localizada e isso, para nós, também não importa. O que queríamos, já conseguimos”, afirmou.

A família dos pilotos já foi avisada e as esposas, ainda de madrugada, mantiveram contato com ambos.

Os pilotos retornam para Cuiabá ainda hoje e atendem a imprensa, juntamente com o deputado Riva, no Aeroporto Marechal Rondon, depois das 13 horas, horário previsto para a chegada.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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