Juiz desabafa e diz que pronto-socorro de VG é pior que presídio

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+ Cotidiano
Quinta, 23 Outubro 2014 | TVCA

Vistoria surpresa de representantes da Justiça ao Pronto-Socorro de Várzea Grande nesta quarta-feira (22) constatou os problemas de estrutura na unidade de saúde. De acordo com a diretoria do hospital, 60 pessoas são atendidas nos corredores

O juiz que visitou a unidade, Alexandre Elias Filho, da Terceira Vara da Fazenda Pública, cogita a possibilidade de interditar a unidade. “O que eu constatei aqui será objeto análise do Poder Judiciário, com a participação do Ministério Público, da Vigilância Sanitária, para que a Justiça possa decidir se vai interditar ou não esse hospital aqui. Porque isto é um descalabro. Nem presídio vive numa condição sub-humana do que nós vimos aqui”, disse o magistrado.

A visita do representante do judiciário foi de surpresa. Com ele estavam também o promotor Rodrigo Arruda e membros da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros. O juiz anotou tudo enquanto visitava as instalações. A diretoria chegou a pedir para que a equipe de reportagem fosse retirada do local, mas o juiz não permitiu. “Vai mostrar sim. A sociedade tem que saber o que está passando”, declarou.

O secretário de Saúde de Várzea Grande também acompanhou a visita. Ele informou que são 198 leitos e que, infelizmente, 60 pacientes estão no corredor. “Nós estamos licitando, com dinheiro em caixa, orçamento, para realizar um investimento de R$ 2 milhões em reforma dentro do Pronto-Socorro”, disse Daoud Abdala.

Foi constatada também a falta de ventilação e ar-condicionado em muitos locais. Foram checadas as salas de raio-x, que têm equipamentos defasados. Em uma das salas foi encontrado material químico que não deveria estar lá.

O juiz deve elaborar um relatório do que foi encontrado na unidade de Várzea Grande para que a promotoria investigue o caso. "Espero que com os relatórios sendo apresentados em 15 ou 30 dias, o juiz já esteja apto para sentenciar o processo. Primeiro, para forçar o gestor a implementar algumas melhorias aqui. Se isso não for feito, aí sim seria o caso de se interditar”, disse o promotor Rodrigo Arruda.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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