Empaer lança boletim com resultados do trigo em Mato Grosso
Com potencial de 3 milhões de hectares de terras adaptáveis para o cultivo do trigo, o estado de Mato Grosso consome aproximadamente 118 mil toneladas/ano do subproduto da farinha. Para avaliar o desempenho da cultura do trigo no estado foi lançado o Boletim Informativo com resultados de duas Unidades de Observação (UO) de trigo de sequeiro, duas Unidades Demonstrativas (UD) de trigo irrigado e teste com 29 materiais genéticos.
O pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural (Empaer) e coordenador da Câmara Técnica do Trigo, Hortêncio Paro, esclarece que foram avaliados durante os experimentos para trigo de sequeiro, cinco épocas de plantio e cinco níveis de nitrogênio com uso da variedade Valente. Para o irrigado, foi cultivado junto com a lavoura de feijão utilizando a mesma irrigação ou seja, o pivô central, o que nem sempre atende a demanda de água das variedades de ciclo médio e tardio. Paro destaca que para os produtores interessados já existem 17 materiais genéticos pesquisados e cinco variedades podem ser utilizadas em cultivo comercial.
O trabalho de seleção de variedades expandiu com a parceria do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) que realizou no município de Campo Verde, a implantação de mais de 500 linhagens de variedades de trigo de sequeiro, sendo 60 oriundas da Embrapa, e a maioria do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT), com sede no México. As variedades são testadas com relação à tolerância ao calor, veranico e doenças visando a criação de variedades adaptadas ao clima e solo da região.
O boletim faz um resumo das ações executadas no ano de 2013, tais como reuniões da Câmara Técnica, visitas técnicas nas propriedades rurais, comportamento evolutivo das variedades, preparo do solo, tratamento de sementes, equipamento de plantio, densidade, profundidade, tratos culturais, controle de invasoras, inseticidas, número de planta e altura, dados de chuvas e outros.
Segundo Paro, a Assembleia Legislativa realiza um estudo sobre a criação do Fundo de Apoio à Cultura do Trigo (Factrigo) com uma legislação para tornar o trigo economicamente viável no estado. “O boletim será distribuído aos produtores rurais e interessados na cultura”, enfatiza Hortêncio.
