Empresa suspeita de envolvimento em suposta compra de votos pode detonar carreira política de Júlio Neto

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Segunda, 21 Julho 2014 | MARCIA MATOS DO REPÓRTER MT
Uma empresa de capacitação profissional em nome de Júlio Campos Neto teria faturado em 2009 cerca de R$ 22 mil, e em 2010 o faturamento teria sido de R$ 2 milhões.Uma empresa de capacitação profissional em nome de Júlio Campos Neto teria faturado em 2009 cerca de R$ 22 mil, e em 2010 o faturamento teria sido de R$ 2 milhões.

O aumento de quase 100 vezes, em apenas um ano, no faturamento de uma empresa em nome do atual candidato a deputado estadual, Júlio Campos Neto (DEM), filho do deputado federal Júlio Campos (DEM), foi citado, na última terça-feira (15), pelo juiz federal Pedro Francisco da Silva, durante a sessão Tribunal Regional Eleitoral (TER-MT), como indício de empresa de ‘fachada’ para beneficiar a campanha do deputado federal.

A declaração do juiz foi feita durante a sessão que apreciou o processo que aponta compra de votos Júlio Campos, na campanha de 2010 e que pode levar à cassação do parlamentar.

De acordo com o  juiz, a empresa de capacitação profissional em nome de Júlio Campos Neto teria faturado em 2009 cerca de R$ 22 mil, e em 2010 o faturamento teria sido de R$ 2 milhões. Pedro Francisco também pontuou que a suspeita sobre o aumento expressivo do valor arrecadado seria ainda maior diante da falta de comprovação da procedência do montante.
“Mais revelador ainda é que não existe demonstração da origem desse recurso. O que aparenta ser uma empresa de fachada. Transparece que o conglomerado de empresas foi usado como fachada para movimentar a campanha”, destacou.
O envolvimento do nome de Júlio Campos Neto, nas provas do processo e nos indicativos apontados pelo juiz federal, que avaliou como procedente a cassação do mandato do deputado, pode cair como uma bomba na campanha do herdeiro dos Campos, que é apontado no processo como o responsável financeiro no esquema denunciado, em que vales de combustível e compras seriam trocados por votos.
Na sessão, o juiz relatou que a empresa Santa Laura e outros empreendimentos da família Campos foram usados para disfarçar o sistema. Pedro Francisco frisou que a assinatura de Júlio Campos Neto, em seu cartão de visitas servia como ‘moeda’, para os eleitores, na aquisição de combustível e compras e como garantia de pagamento para o posto de combustível e o supermercado envolvido. 
O processo de compra de votos teve julgamento adiado diante do pedido de vista do relator do caso, o juiz Argamenon Alcântara. Ainda não há previsão de quando a votação deve ser colocada novamente em pauta.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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