Comunicadores usam tv como vitrine pró-2014; Estado tem 5 candidatos

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Domingo, 12 Maio 2013 | RD NEWS

 

 Apresentadores de telejornais do Estado devem utilizar as emissoras como “vitrine” para conquistar uma vaga na Assembleia no pleito de 2014. Por conta da popularidade proporcionada pela profissão, os partidos políticos apostam nos nomes dos comunicadores. Eles garantem, no entanto, que estão apenas na programação diária ou semanal e isso não é garantia de votos. Mas, Mato Grosso conta atualmente com cinco apresentadores com histórico político, sendo Walter Rebello, Toninho de Souza, Luizinho Magalhães (ambos do PSD), Maksuês Leite (PRB) e Everton Pop (PTB).
   O deputado estadual Walter Rabello é apresentador de um programa diário na afiliada da TV Record e deve concorrer à reeleição em 2014. O próprio comunicador, no entanto, diz que já sofreu derrota em candidatura – em 2000 na disputa a vereador e em 2008 a prefeito da Capital – mesmo estando sob o comando de um telejornal. Por outro lado, ele conseguiu ser eleito, ocupando a mesma função jornalística, em 2004 (como vereador) e em 2010 (como deputado estadual).

   “A pretensão do partido é reunir o maior número de candidato. Há um entendimento para majoritária, seja Senado ou Governo do Estado. Meu projeto é sair para reeleição e hoje o partido apoia. Mas vou ouvir os anseios da sociedade para sair candidato. Não saio para satisfazer meu ego ou partido”. Rabello diz ainda que ser apresentador ajuda na disputa, mas que não basta apenas isso. Defende que é preciso um conjunto de ações para o eleitor avaliar.
   Reeleito vereador por Cuiabá em 2012, Toninho de Souza afirma que ainda não é certa sua candidatura para o cargo de deputado estadual em 2014. Ressalta que deve se posicionar apenas ano que vem. O fato de ser uma das apostas do PSD para o pleito de 2014, por ser apresentador de televisão é visto com naturalidade pelo social-democrata. “Não faz parte do meu projeto, estou cumprindo meu papel de vereador, mas sei que meu nome é lembrado pela população e pelo partido. Não me entusiasmo com a ideia, mas seria um reconhecimento”, argumenta.
   Mesmo eleito duas vezes enquanto apresentador de telejornal, Toninho frisa que estar na televisão não é garantia de sucesso na política. Assim como Rabello, reforça que outros comunicadores entraram em disputa eleitoral, mas não obtiveram êxito. “Reconheço que a tv ajuda, pois naturalmente as pessoas já te conhecem. A credibilidade, contudo, é mais importante, se não tiver credibilidade não é votado”, avalia.

 

   Já o apresentador de telejornal na afiliada da TV Band Luizinho Magalhães explica que ainda não definiu se vai concorrer a um cargo político no próximo pleito, mas que se o PSD fizer o convite vai analisar. “Meu nome está à disposição do partido”. Na mesma linha dos outros comunicadores, destaca que não basta apenas estar como apresentador para conseguir votos.
   Quem também ganhou popularidade por apresentar programa em televisão foi o ex-vereador Everton Pop. Eleito em 2008, Pop tentou a reeleição no pleito de 2012, mas o ‘ibope’ do programa em que ele apresentava – atualmente comandado por outro comunicador – não garantiu votos suficientes para mantê-lo no cargo. O nome do ex-parlamentar e apresentador, todavia, é cogitado pelo PTB – filiado há menos de um mês – para entrar na disputa em 2014.
   Outro apresentador que deve se lançar candidato a uma das vagas da Assembleia de Mato Grosso é Maksuês Leite. Ele chegou a ser cogitado a entrar na disputa ao cargo de prefeito em Várzea Grande em 2012. Porém, desistiu para ‘favorecer’ Jayme Campos (DEM), que apoiou a candidatura da esposa Lucimar Campos e acabou sendo vencida por Walace Guimarães (PMDB). Agora o comunicador pode ser postulante ao cargo de deputado estadual.
   Nas eleições de 2012, 34 jornalistas no Estado entraram na disputa por algum cargo eletivo. A maioria, no entanto, tentou se eleger no Legislativo. À época, as cidades com maior número de candidatos ligados à comunicação eram Cuiabá e Barra do Garças. A sigla que mais tinha candidato ligado à mídia era o PSD, seguido, em meio a empate, pelo DEM e PMDB.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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