Gaeco invade gabinete de Walace Guimarães e secretarias de VG

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Terça, 18 Novembro 2014 | Midia News

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, no início da manhã desta terça-feira (18), a Operação Camaleão.

Um dos alvos das busca e apreensões foi o gabinete do prefeito Walace Guimarães (PMDB), de Várzea Grande. 

A operação Camaleão, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), tem como foco uma suposta organização criminosa, que teria sido instalada na Prefeitura para a prática de delitos de corrupção, peculato e fraude a licitação. 

O esquema, segundo as informações, conta com a participação de empresa do ramo de construção.

De acordo com o Gaeco, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão pelo Tribunal de Justiça. 

As apreensões visam à obtenção de provas para subsidiar as investigações. 

Os mandados estão sendo cumpridos no gabinete do prefeito municipal, cinco secretarias municipais, empresa e residências.

A Operação Camaleão conta com o envolvimento de cerca de 50 servidores. O trabalho é coordenado pelo Gaeco.

Os agentes levaram documentos e mídias de computadores.
CONTRATOS
Segundo as informações, os agentes do Gaeco começaram as buscas por documentos relacionados a contratos firmados pela Prefeitura e a empresa Carneiro Carvalho Ltda. 

A suspeita é de que teria havido superfaturamento em diversas obras, vencidas pela empresa. Entre as obras, está uma de operação tapa-buracos, lançada em maio deste ano.

A Carneiro Carvalho ganhou um contrato de R$ 4,5 milhões, que foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado, em setembro deste ano, por suspeita de superfaturamento.

A ordem de serviço era para ser cumprida em parceria com o Departamento de água e Esgoto (DAE), mas a suspeita levantada pelo TCE pode ter sido um dos fatores que levaram à operação desta terça-feira.

Além dessa suspeição levantada pelo TCE, a Carneiro Carvalho também foi contrata para reformar prédios públicos da cidade, mas, ao mudar a sua razão social, acabou levantando suspeita de corrupção. 

O valor da obra era de R$ 10 milhões. As secretarias de Educação e Assistência Social também estão sendo alvos da operação do Gaeco. 

Caixa 2

O irmão do prefeito Walace, o médico Josias Guimarães, também é alvo da Operação Camaleão. 

Ele é investigado pela Justiça Eleitoral por suspeita de Caixa 2 nas eleições de 2012, quando seu irmão disputou as eleições para a Prefeitura de Várzea Grande. 

Segundo as informações, agentes do Gaeco também estão cumprindo mandados de busca e apreensão na casa do médico.

Dentre as secretarias que estão sendo investigadas constam a Procuradoria Municipal, sob o comando de Vitor Parente; de Serviços Públicos, chefiada por Roldão Lima Júnior; de Assistência Social, sob Silvio Fidélis; e Infraestrutura, que é comandada por Gonçalo de Barros.

Outra empresa investigada é a Penta Serviços e Máquinas Ltda. que atua na locação de maquinários e ônibus para o município, além de ser a responsável pela limpeza das vias públicas.

Suspeitas

O prefeito Walace Guimarães chegou na prefeitura por volta das 9h45 e seguiu direto para seu gabinete, onde acompanhou a ação dos agentes do Gaeco.

Antes, ele confirmou que houve busca e apreensão na casa de seu irmão, o médico Josias Guimarães, e negou que tenha havido buscas em sua residência.

O prefeito também confirmou que o alvo da operação são os contratos da Prefeitura com as empresas Carneiro e Carvalho e Penta Serviços e Máquinas Ltda. 

As duas empresas venceram licitações para prestação de serviços no setor de obras públicas no município. 

Ambas tiveram pagamentos bloqueados, em setembro, pelo Tribunal de Contas do Estado, por suspeita de superfaturamento.

Walace disse ainda que o questionamento do MPE é quanto à capacidade técnica da empresa Carneiro Carvalho, que atuava no ramo de sapataria e, depois, passou para o setor de engenharia civil.

“Todos os procedimentos exigidos para se contratar uma empresa foram cumpridos. O que me parece é se o atestado de capacidade da empresa é questionado se é legal ou não. O fato de ela ter mudado a sua razão social não seria nada de irregular", disse o prefeito. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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