Mãe faz apelo por cadeira de rodas para filha deficiente; pobreza é extrema e equipamento custa R$ 10 mil

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Terça, 19 Julho 2016 | REPÓRTER MT

Damiris Aparecida da Costa é uma menina de 17 anos, prestes a completar 18 no próximo dia 30. Ela nasceu com paralisia cerebral, é tetraplégica e sofre de eplepsia. Quando ainda estava grávida, a mãe dela, Sislene Nogueira, 47, foi abandonada pelo pai da criança. Juntas, mãe e filha lutam para conseguir levar uma vida minimamente digna. Mas, no momento, a maior necessidade, uma cadeira de rodas adaptada, ainda é somente um sonho.

Há mais de dois anos, Sislene tenta junto às autoridades conseguir o equipamento, mas a cada nova tentativa, vem uma nova desculpa. Ela cansou de esperar e mandou fazer uma cadeira improvisada com ferro, pedaços de madeira e colchão. “Eu mandei fazer essa cadeira na serralheria. Aí, na parte de trás eu coloquei uma tábua, um pedaço de guarda-roupa. Está horrível! Eu vou no governo, no Centro de Reabilitação e ninguém me dá e eu não tenho condições de comprar”, conta Sislene.

 

A cadeira de rodas que Damiris precisa custa em média R$ 10 mil reais, algo muito distante para quem vive apenas do auxílio doença, equivalente a um salário mínimo. Por conta das necessidades da filha, Sislene só consegue trabalho precário. “Eu trabalho quando acho um bico, uma faxina, uma roupa pra passar. Se a pessoa não se importar de eu levar ela, eu vou”, contou ao .

A necessidade por uma cadeira adaptada se deu por conta da escoliose (curvatura na coluna) que Damiris desenvolveu após ser retirada dos tratamentos que recebia no Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa, há cerca de cinco anos. A mãe dela conta que a menina foi praticamente abandonada pelo corpo clínico do estabelecimento público.

“Eu andava com ela pra todo lugar, ela era bem firme, estava retinha. Eu levava ela para fazer tratamento, mas falaram que não adiantava mais eu ficar lidando com ela. A fono abandonou, falou que não tinha mais recurso e largou de mão. [...] Ela falou que não ia resolver, falou que ela não ia falar, que era perca de tempo. Tiraram ela da terapia ocupacional, da hidroterapia. Por isso que deu escoliose nela, entortou tudo nela por causa da falta de fisioterapia. Ela atrofiou toda!”, lamenta a mãe, que se diz cansada da vida de sacrifício: “Eu tenho 47 anos, mas estou me sentindo com 70”, desabafa.

Além das limitações de saúde da filha, Sislene também sofre com vários problemas na coluna, que aumentam ainda mais a necessidade por uma cadeira de rodas adaptada pois além de oferecer mais conforto para Damiris, diminuiria o esforço físico da mãe, que ainda leva a menina para tratamento neurológico no Hospital Geral e nos postos de saúde.

Um grupo de estudantes e professores de fisioterapia é que ajudam a família, oferecendo tratamento domiciliar para Damiris, que adora receber visitas, já que vive praticamente deitada, dentro de casa. Apesar de não conseguir falar, ela demonstra toda a alegria ao receber gente em casa, ao receber atenção e carinho.

“Ela só se comunica com os olhos e com sorrisos. Mas tudo o que você fala com ela, ela entende e sorri. Ela gosta muito de receber visitas. Ela se sente muito feliz porque sou só eu e ela, então ela não vê quase ninguém”, conta Sislene.

Para quem tiver interesse em fazer uma visita para Damiris e ajudar, nem que seja com um pouco de atenção, o endereço dela é Rua Beco da Manga, nº 104, bairro Praeirinho, em Cuiabá. Para saber como ajudar a adquirir a cadeira de rodas, basta falar com a mãe dela, Sislene Nogueira, pelos telefones: (65) 99226 4780 ou (65) 99661 2699.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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