Taques manda cortar ponto de grevistas do Detran e diz que não vai atender reivindicação

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Quarta, 25 Novembro 2015 | olharDireto
Na queda de braço que trava com o Sindicato do Servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Sinetran), o governador José Pedro Taques (PSDB) radicalizou de vez: mandou cortar o ponto dos  grevistas e determinou que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) cobre a execução da multa diária de R$ 200 mil, determinada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que decretou a ilegalidade da greve.    
“Quem decide sobre contratação de servidores é o Poder Executivo e não o sindicato [Sinetran]. E não vou descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, porque Mato Grosso já ultrapassou o limite prudencial de gastos com pessoal”, afirmou Taques, para a reportagem do Olhar Direto, após participar de cerimônia de lançamento da biometria no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nesta terça-feira (24).
Pedro Taques crê que existe intolerância de valores que milhares de clientes do Detran de Mato Grosso estão sendo prejudicados. “Não vamos mexer em nada [para contratar servidores]. A greve é ilegal”, criticou ele.
Já os servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso não demonstram intenção de voltar ao trabalho e encerrar a greve, retomada na última segunda-feira (23). A paralisação que havia sido suspensa por quatro dias. Além da sede, os atendimentos também foram suspensos em quase todas as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretran).
O governador não dá sinais de que irá ceder e duas audiências de conciliação foram realizadas nas últimas semanas pelo Tribunal de Justiça, na tentativa de encerrar a greve, mas não houve acordo. “A categoria decidiu que não vai abrir mão de lutar para melhorar as condições de trabalho dos servidores, que diretamente beneficia a população”, afirmou Daiane Renner, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran de Mato Grosso (Sinetran).
A greve dos servidores teve início no dia 26 de outubro para cobrar a nomeação dos aprovados no último concurso público. Os servidores pedem a nomeação de pelos menos de 70% dos concursados este ano e o restante em 2016.
Entretanto, o governador sustenta a tese de que está limitado pela Lei de Responsabilidade Fiscal e que vai manter o cronograma de nomeações, que é de 30 aprovados neste ano e outros 100 até setembro de 2016. O restante dos aprovados seria nomeado até 2018.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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