Em 6 dias, incêndio destruiu 70% de Parque em MT

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Segunda, 01 Setembro 2014 | AGRO OLHAR
O incêndio que atingiu o Parque Estadual da Serra Azul, em Barra do Garças, já consumiu mais de 75% da vegetação. No último dia 28 de agosto o Ministério Público Estadual (MPE), por meio da justiça, conseguiu o bloqueio de R$ 50 mil do município para que seja destinado ao abastecimento da aeronave que desde o dia 25 é utilizado no combate às chamas.

Como o Agro Olhar já comentou, o incêndio considerado criminoso teve início no dia 24 de agosto em uma região de chácaras entre a Serra Azul e a MT-100, na saída para Araguaiana. No dia 28 as chamas já se encontravam na parte limite da zona urbana de Barra do Garças.

Conforme a prefeitura de Barra do Garças, até sexta-feira (29) 75% do Parque Estadual da Serra Aul havia sido destruído pelo fogo. A prefeitura relata que homens do exército chegaram à cidade e reforçam as equipes de combate ao incêndio. 

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De acordo com o secretario municipal de Urbanismo e Paisagismo de Barra do Garças, Lúcio Junqueira, a prefeitura tem dado todo um apoio para controlar o fogo, mesmo o parque sendo de responsabilidade do Governo de Mato Grosso. “O reforço da aeronave de combate que tem ajudado bastante só foi possível com a destinação de recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente no valor de R$ 100 mil para despesas gerais de abastecimento e manutenção além de apoio a brigada de Incêndio e com os caminhões para o abastecimento da aeronave e a prevenção, fizemos várias campanhas de conscientização, tanto em relação às queimadas urbanas como nos moradores da encosta da Serra, mas infelizmente houve esse foco que começou em uma chácara e provocou toda essa destruição ambiental ocasionando toda essa situação”.

Justiça

Na quinta-feira (28) a Justiça acatou pedido do MPE para o bloqueio de R$ 50 mil da conta do Fundo Municipal de Meio Ambiente de Barra do Garças para que o montante fosse destinado de imediato ao Comando Regional do Corpo de Bombeiros Militar da IV Região para o abastecimento da aeronave que auxilia nos trabalhos de combate ao incêndio. O pedido veio de encontro após no dia 26 a prefeitura ter se "recusado" a realizar o abastecimento do avião de combate ao incêndio, "sob a alegação de que a responsabilidade de combater o fogo no Parque Serra Azul seria do Estado", segundo nota do MPE.

“O problema não diz respeito unicamente à queimada na Serra Azul, e sim toda a consequência trazida pelo fogo aos moradores do perímetro urbano de Barra do Garças e Pontal do Araguaia, em razão da fumaça (poluição) e suas consequências à saúde da população. O mais grave é que o fogo está nas proximidades da Área de Proteção Ambiental, área verde que fica em volta da Serra Azul e, acaso o fogo se alastre para essa localidade, a poluição será ainda pior e causará maior dificuldade para os cidadãos Barragarcenses”, salientou o MPE em trecho da ação proposta pela promotora de Justiça Hellen Uliam Kuiki.

O MPE na ação argumentou ainda que no dia 20 de agosto, por meio de um Termo de Ajuste de Conduta, a Empresa Mato-grossense de Água e Saneamento LTDA (Emasa) havia depositado R$ 100 mil na conta do Fundo Municipal de Meio Ambiente de Barra do Garças para a admissão de brigadistas, bem como aquisição de veículos e materiais necessários para o combate das queimadas no município.

Saúde

Além do clima seco, a queimada no Parque Estadual Serra Azul tem levado muitas pessoas a busca atendimento médico diante de problemas respiratórios. "Toda hora chegam crianças e idosos com problemas agravados pela fumaça, nessa época o número de internações com esses problemas é maior com a baixa umidade e com esse incêndio na Serra piorou ainda mais”, comenta o diretor do Pronto Socorro Municipal de Barra do Garças, Jaílton Pereira.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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