TRF confirma pena de 17 anos de delegado; 5 são presos por "farsa" em MT

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+ Polícia
Terça, 13 Junho 2017 | FolhaMax
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira cinco mandados de prisão expedidos pela 7ª Vara Federal de Cuiabá em razão de confirmação pelo Tribunal Regional Federal da condenação dos envolvidos na fraude que visava tumultuar o júri popular que julgava os acusados de assassinar o juiz de Direito, Leopoldino Marques do Amaral. O crime aconteceu em 1999 na cidade de Concepcion, no Paraguai.
Quatro dos mandados foram cumpridos em Cuiabá e um em Rondonópolis. Foram presos o delegado Márcio Fernando Pieroni de Barros, o empresário Josino Pereira Guimarães, o irmão dele Clóvis Guimarães, o agente penitenciário Gardel Tadeu de Lima e o latrocida Abadia Paes Proença. 
Todos foram condenados em 2011 pelo juiz Paulo César Alves Sodré por uma investigação fraudulenta visando levantar a suspeita de que Leopoldino ainda estaria vivo e morando na Bolívia. Eles foram condenados por diversos crimes, dentre eles formação de quadrilha,  denunciação caluniosa, fraude processual, interceptação telefônica para fins não previstos em lei e violação de sepultura.
A pena maior foi atribuída ao delegado Márcio Pieroni, que foi condenado a 17 anos de reclusão em regime fechado. Josino e Clóvis foram condenados a 7 anos de reclusão.
Gardel Lima, que atuava como assessor de Pieroni na DHPP, foi condenado a 9 anos e 6 meses de reclusão. Por fim, o latrocida Abadia Proença foi condenado a 8 anos de reclusão por sua participação no caso.
Preso na PCE (Penitenciária Central do Estado), ele foi o responsável por prestar depoimentos afirmando que o juiz Leopoldino Guimarães estava vivo e morando na Bolívia. A decisão do TRF respaldou as prisões pelo grupo suspeito de tentar mudar a história do magistrado morto após denunciar um esquema de venda de sentenças no Judiciário de Mato Grosso.
MORTE DE LEOPOLDINO
O juiz Leopoldino Marques do Amaral foi encontrado morto em Concepción, no Paraguai, com marcas de tiro na cabeça e com o corpo parcialmente carbonizado, pouco tempo depois de denunciar um esquema de venda de sentença e falcatruas no Poder Judiciário de Mato Grosso. O acusado de ser o mandante do crime, o empresário Josino Guimarães, já foi a júri popular pelo crime.
No entanto, o julgamento realizado em 2011 foi anulado a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal determinou que ele vá a júri pela segunda vez. A data, porém, ainda deve ser marcada.
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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