De Rosário Oeste para o Brasil, dupla fala sobre 11 anos de carreira

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+ Cotidiano
Sábado, 30 Abril 2016 | RDnews
Quem olha para os meninos da dupla mato-grossense Jonathan e Adam acaba não acreditando que eles têm mesmo mais de uma década de carreira.

Em entrevista para o Rdnews, eles falam sobre o começo, as dificuldades, histórias inusitadas da profissão e revelam novidades.

Nascidos em Rosário Oeste, a cerca de 100 km da Capital, foi vendo o sucesso da dupla Bruno e Marrone e, através da influência de alguns familiares, que os primos decidiram se unir e seguir a carreira artística.

Na época, cursavam o ensino fundamental e se apresentavam em festas da escola, da igreja e da família. Aos 14 anos, eles já se apresentavam em barzinhos e, desde então, não pararam mais.

Em meados de 2000, Jonathan gostava de imitar o cantor Bruno, enquanto Adam, que havia ganhado seu primeiro violão, se dedicava aos acordes. “A gente admirava mesmo o Bruno e Marrone. Começamos a cantar logo que eles estouraram com Dormi na Praça. A gente cantava o CD inteiro”, lembra Jonathan.
"A gente tenta passar
para o público aquilo
que a gente sente"

“O Jonathan tinha a mania de imitar o Bruno, o pessoal falava para com isso, temos que ter uma identidade. Mas isso veio com o tempo, fomos nos descobrindo e, de maneira natural, eu fiquei na segunda voz enquanto ele faz a primeira”, revela Adam.

Como todo começo, o da dupla também não foi fácil. Vindos de uma família simples, somente em 2004, com a maior idade, decidiram vir para Cuiabá com a ajuda de empresários, os quais garantiram moradia, alimentação e os primeiros contratos para os shows maiores. “Foi um desafio. Largamos tudo, a família, a faculdade, eu fazia Pedagogia enquanto o Jonathan fazia de Eduação Física. Íamos ser professores”, conta Adam.

Mesmo diante das incertezas, o tempo mostrou que a dupla estava no caminho certo, nesses 11 anos de estrada são três CDs gravados e parcerias de sucesso, com as realizadas com Os Havaianos, Di Paullo e Paulino e Guilherme da dupla Guilherme e Santiago. “Nós tentamos colocar no nosso show 99% de músicas pra cima, de animação e isso tem dado certo. A gente tenta passar para o público aquilo que a gente sente”, explica Jonathan.

Gilberto Leite
Dupla Jonathan e Adam

De Rosário Oeste, Jonathan e Adam buscam fazer sucesso

“E quanto às experiências são bem bacanas, quando esses artistas estão perto da gente conhecemos a realidade deles que não está distante da nossa, aprendemos muita coisa, principalmente sobre humildade. A gente acha que porque, eles tem um nome legal, são estrelas, mas pelo contrário, são pessoas simples e aprendemos muito com eles”, complementa Adam.

Atualmente, eles fazem em média 23 shows por mês, empregam outros nove profissionais e tratam a música com seriedade até nos momentos de descontração da entrevista. “A cada dia a gente vê o que precisa ser feito, o que é preciso melhorar, estamos buscando sempre pela excelência com muita humildade e profissionalismo, pois trabalhamos com os sonhos das pessoas”, diz Adam.

Para ele, pai do pequeno Miguel de apenas dois anos, a música representa mais que o prazer de cantar e subir nos palcos, é um projeto de vida.

É através dela que ele sustenta sua família e que oportuniza a realização de sonhos de outras tantas famílias. “Toda vez que estamos no palco temos que dar o nosso melhor, é um contratante, um fã, uma noiva, um aniversariante, que espera um grande show”.

Com tanto dedicação, pelo visto, a carreira da dupla está apenas começando. Cheios de suspense, os meninos deixaram escapar com exclusividade para o Rdnews que vem muita coisa boa para os fãs da dupla ainda neste ano.

“Nós só podemos adiantar que será um projeto grande, para lançar Mato Grosso para todo o Brasil. Nosso próximo CD e DVD”, revela Jonathan.

Curiosidades

Dá para acreditar que, mesmo com tanto profissionalismo, esses meninos já levaram calote? Uma das histórias que marcaram o início da carreira da dupla foi a de um show que não aconteceu. O evento para os quais eles haviam sido contratados era em Santarém (PA). “Tínhamos acabados de voltar de carro de um show que fizemos em Minas Gerais. Cansados, só passamos em casa para trocar e roupa e seguimos para aeroporto. Chegando em Belém ninguém esperava a gente no aeroporto e não tínhamos a passagem até Santarém. Achamos estranho”.

Foi então que as más notícias começaram a chegar. A dupla conta que a contratante não havia comprado a passagem para Santarém e solicitou para que os mesmos ficassem na fila de espera e comprassem. “Depois da primeira etapa vencida, chegamos no hotel. Ela apareceu lá e falou que não tinha dinheiro para pagar o show e o pior, não tinha dinheiro nem pra comprar nossa passagem de volta. Ai bateu aquele desespero. A gente sem dinheiro, ficamos nos perguntando o que íamos fazer”, conta Adam.

“A nossa sorte é que um pessoal aqui de Cuiabá comprou nossa passagem área, mas mesmo assim ainda ficamos mais uns dois dias lá naquela cidade sem saber o que fazer porque não tinha vôo de volta. Aqui tem história”, conta rindo Jonathan.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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