Secretário de Taques parabeniza governador do PR pela repressão contra os professores

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+ Cotidiano
Domingo, 03 Maio 2015 | RD NEWS

O secretário estadual de Desenvolvimento Regional Eduardo Moura (PPS) usou o Facebook para parabenizar o governador do Paraná Beto Richa (PSDB) pela repressão contra os professores e servidores públicos que protestavam em Curitiba na última quarta (29). A ação da PM deixou pelo menos 150 pessoas feridas, incluindo oito em estado grave.

Para justificar o posicionamento, Eduardo Moura até usou termos de baixo calão dizendo que "passarinho que come pedra sabe o c. que tem" ao se referir aos manifestantes feridos durante o ataque das forças policiais. Na postagem, o secretário também estabeleceu ligação entre a mobilização dos servidores públicos do Paraná com os chamados black blocs que surgiram no Brasil a partir protestos de junho de 2013.

"Havemos de reagir e estabelecer a ordem neste país (...) enfrentar sem medo esses arruaceiros que desde 2013 querem impor ao País seu desrespeito. Se houve exagero,que seja punido,mas,a polícia fez o seu trabalho. Parabéns Beto Richa", pontuou Eduardo Moura nas redes sociais.

 Na quarta à tarde, a Tropa de Choque fazia um cerco ao prédio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep)  quando o conflito começou e os manifestantes, a maioria deles professores, foram agredidos. Os manifestantes estavam no local para acompanhar a votação do projeto, já aprovado e sancionado por Beto Richa,  que autoriza o governo estadual a mexer no fundo de previdência dos servidores do Estado.

Entre os feridos estão o cinegrafista Rafael Passos da CATVE, que foi atingido por uma bala de borracha. Um cinegrafista da Band foi atacado por cachorros dos policiais. A maioria das vítimas foi atingida por balas de borracha ou agredida a golpes de cassetete.

Segundo a imprensa paranaense, a  repressão teve início quando um dos líderes sindicais ligado aos professores disse que o projeto seria votado, independentemente dos protestos contrários. A PM teria avançado em direção aos manifestantes. Lideranças que estavam sobre um caminhão, no Centro Cívico, passaram a pedir ambulâncias para cuidar das pessoas feridas.
 
Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba, situado próximo a Alep e ao Palácio Iguaçu. O local foi transformado em uma espécie de "ambulatório" por determinação do prefeito Gustavo Fruet (PDT), que condenou publicamente a violência policial.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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