Tomate volta a ser vilão dos preços em Cuiabá

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+ Cotidiano
Quarta, 29 Abril 2015 | Diário de Cuiabá
A inflação sobre o item alimentação segue trajetória de alta, em Cuiabá. Depois de uma variação anual de 15% em fevereiro, o mês de março fechou com o maior valor do ano para a cesta básica da Capital, ao somar R$ 351,87. O vilão na comparação mensal foi o tomate, cujo preço médio aumentou 11%. Na comparação anual, feijão e batata se destacam com majorações de 28% e 21%, respectivamente. 
No ano passado, o conjunto com os 13 alimentos considerados essenciais para uma família de quatro pessoas, foi cotado a R$ 335,2, o que revela alta anual – comparação entre março de 2014 contra março de 2015 – de 4,77% e mensal – março ante fevereiro – de 2,21%. Dos itens avaliados, oito aumentaram em relação a fevereiro (carne, manteiga, óleo, leite, feijão, tomate, café em pó e banana) dois ficaram inalterados (farinha e pão francês) e três deflacionaram (arroz, batata e açúcar). Os números foram divulgados, na última segunda-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e integram o relatório mensal da Conjuntura Econômica. 
Como explicam os analistas do Imea, grande parte do tomate consumido em Mato Grosso vem da região Sudeste, especificamente São Paulo e Minas Gerais. “Com a estiagem ocorrida no final do ano passado até janeiro deste ano houve impacto sobre a produção, ocasionando uma menor oferta do fruto. Com isso, o preço do tomate começou a subir, registrando assim o trimestre mais caro desde 2012, com média de R$ 5,53/kg”. Desde o início do ano, os vilões do orçamento das famílias cuiabanas têm sido os mesmos: tomate, carne, feijão e batata, quando comparados ao registrado em igual mês de 2014. 
Ainda ao explicando as causas de mais uma alta sobre o custo da alimentação, os analistas contam que no setor de carnes o cenário é parecido, a carne bovina tem enfrentado um período de menor oferta, fazendo com que o preço da arroba do boi gordo chegue a patamares elevados, impactando desta forma na “mesa” do consumidor, já que a evolução dos valores é repassada e chega na ponta. 
2015 – Março cravou o maior custo da cesta básica na Capital nesse ano e também o maior dos últimos 12 meses, conforme série histórica do Imea. Em janeiro desse ano, por exemplo, os itens tiveram preço médio de R$ 346,9 e em fevereiro, R$ 344,3. No mesmo período, o menor preço foi registrado em agosto de 2014, R$ 309. 
Comparando o valor da cesta básica cuiabana de março com os valores apurados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no país, Cuiabá segue com a sétima cesta mais cara do Brasil (posição adquirida em fevereiro, depois de começar o ano na sexta colocação) e a mais cara do Centro-Oeste, já que empata em valores com a de Brasília, que segundo Dieese foi cotada a R$ 351,93, enquanto a cuiabana fechou a R$ 351,87. 
O Dieese realiza a pesquisa mensal de preços em 18 capitais brasileiras, mas não incluiu Cuiabá. O Departamento apura além das grandes metrópoles todas as capitais da região Centro-Oeste, Goiânia, Brasília e Campo Grande. Como o Imea avalia o comportamento dos preços dos mesmos itens do Diesse - carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga – é possível inserir Cuiabá no ranking nacional. 
Em março, como aponta o Departamento, o maior custo da cesta foi apurado em São Paulo (R$ 379,35), seguido de Vitória (R$ 363,62) e Porto Alegre (R$ 360,01). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 273,21), João Pessoa (R$ 288,43) e Natal (R$ 289,21).

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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