Safra 2013/14 de soja promete ser recorde e MT será principal ator

Safra 2013/14 de soja promete ser recorde e MT será principal atorA Consultoria Céleres, uma das mais expressivas da economia brasileira e que tem seu trabalho focado na análise do agronegócio, divulgou estudo nesta segunda-feira (05) que aponta para safra recorde das culturas de soja e milho, que ainda serão plantadas a partir de setembro. Neste contexto, Mato Grosso, principal Estado produtor de soja, aparece como contribuinte primário para a maior expansão no plantio da oleaginosa no Brasil.

A grande produção esperada para a safra 2013/14 de soja do Brasil provavelmente vai atingir um recorde de 85,2 milhões de toneladas, superando a da temporada anterior em 4,9 %. 

A consultoria prevê que MT deverá semear 8,3 milhões de hectares de soja, principalmente em pastagens degradadas sendo convertidas em terras agrícolas por meio de técnicas como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF).

"Do ponto de vista do balanço de oferta e demanda do complexo soja, a safra 2013/14 marca uma virada estrutural nessa indústria, com a exportação de soja ultrapassando o volume processado pela a indústria local", observou a consultoria. 

Brasil x EUA

Um dos únicos países capazes de fazer frente à produção norte-americana, o Brasil prduzirá o suficiente para permitir que as exportações de soja superem o volume do processamento da oleaginosa. Os primeiros indicadores mostram áreas de soja em expansão de 4,8 % (29,2 milhões de hectares).

A expansão permitirá que o País ganhe uma expressiva fatia da produção de alimentos do mundo nos próximos anos. A forte seca que acometeu os Estados Unidos este ano resultou numa maior procura pelos grãos produzidos na América do Sul, especialmente os com origem no Brasil e Argentina. 

Outro fator facilitador é a baixa cotação da moeda local, que ajuda a compensar os preços mais baixos nos mercados dos EUA, de forma que acaba por favorecer as exportações brasileiras.

Milho 

A produção de milho também pode chegar a um novo recorde pelo terceiro ano consecutivo. A precisão é que a colheita atinja 85,1 milhões de toneladas de milho. “Contudo, é preciso que o tempo ajude”, destacou a Céleres.